OVOS E TINTA – Vandalismo em São Paulo

OVOS E TINTA – Vandalismo em São Paulo
Prefeitura de SP processa filho de diplomata que sujou estátua na praça da Sé:

A Prefeitura de São Paulo está processando o filho de um diplomata por ter jogado ovos com tinta vermelha na estátua em homenagem ao apóstolo Paulo, na praça da Sé, centro da capital paulista. A administração municipal afirma que houve crime ambiental e pede o ressarcimento do valor gasto na limpeza da obra, dano moral coletivo e tutela inibitória.

A prefeitura pede ainda que seja fixada multa diária, sob o argumento de que “a conduta marginalizada e desprezível do Requerido causou espanto e sofrimento à Coletividade Paulistana”.

Pedro Souza foi detido pela Guarda Civil Metropolitana enquanto sujava o monumento, no dia 25 de janeiro deste ano. Ele é filho do diretor-geral do Instituto Rio Branco, em Brasília.

A limpeza do monumento, que foi um presente da Igreja Católica em homenagem aos dois mil anos de nascimento do santo, custou R$ 2.473,80. Ao prestar esclarecimentos no 8º Distrito Policial de São Paulo (Brás), Pedro Souza afirmou que fazia uma “intervenção artística” e que também protestava contra a eleição do prefeito João Doria (PSDB).

A prefeitura paulistana diz que a conduta de Souza é “repugnante na esfera social e cultural” e “desprezível”. A indenização por danos morais coletivos pedida pela administração municipal é de, no mínimo, R$ 50 mil. Sobre a tutela inibitória, afirma que a “obrigação de não fazer passa a ser absolutamente necessária com o fim de evitar que o mesmo Requerido realize novas ações bárbaras.”

Na peça, a procuradoria municipal justifica todos os seus pedidos com base na Teoria da Janela Quebrada. Essa linha de pensamento surgiu nos Estados Unidos em 1982 com o argumento de que o poder público deve agir rápido para reparar danos à cidade, pois a aparência de desleixo motiva mais atos de vandalismo e descaso com o bem público. (Fonte: Conjur Por Brenno Grillo).